“Estamos vendo uma categoria morta”, diz professor sobre colegas do Sertão
Enquanto professores de Arapiraca e Palmeira dos Índios, ambos municípios do Agreste de Alagoas, tem perspectiva de receberem o tão falado rateio do antigo Fundef, educadores da região do Sertão pelo andar da carruagem não devem ter o mesmo destino.
O diagnóstico é feito após falas de professores de Santana do Ipanema e Olho d’Água das Flores. Em entrevista nesta quinta-feira (21) ao programa Liberdade de Expressão, na Rádio Milênio FM, os docentes Paulo Roberto e Josemir Silva falaram sobre o assunto.
Atual presidente do Conselho do Fundeb de Santana, Paulo relatou que a Prefeitura já tem planejado como gastar os recursos. O executivo já enviou à Câmara de Vereadores uma revisão do orçamento de 2020, no qual direciona para vários setores.
“Se depender dos planos do município, o dinheiro dos Precatórios vão para reformas, construção de centro de treinamento, compra de veículos e equipamentos. Nada desses recursos, nenhum centavo, vão para os professores”, ressaltou.
Durante a participação de Paulo, o professor Josemir, natural de Olho d’Água das Flores decidiu fazer um aparte. “Eu ouvia o Paulo falar sobre os planos da prefeitura para esse recurso e me perguntava: onde está a categoria dos professores aqui no Sertão? Estamos vendo uma categoria morta”, afirmou Silva.
Para o educador, os professores de Arapiraca, Palmeira dos Índios só conseguiram esse pleito porque a categoria brigou por esse direito, coisa que não está acontecendo no Sertão. “Acho que o único município da região que se manifestou no sentido de pagar os professores foi Piranhas, através da prefeita Maristela”, lembrou.
Ainda segundo Josemir, alguns prefeitos ainda tentaram argumentar contra o pagamento, mas ele rebate: “Não adianta o gestor dizer que não pode fazer, com medo de ser preso, porque vemos que a Justiça já deu o sinal verde, no caso de Arapiraca”, lembrou.
Logo após a fala do colega de Olho d’Água das Flores, Paulo Roberto corroborou o aspecto sobre os professores. “A categoria precisa despertar, ela está bastante anestesiada. Não pensem que se vocês ficarem no conforto da sala irão receber esses recursos, porque não não vão. Boa vontade das gestões municipais vocês não terão”, finalizou.
Pelo visto não será apenas esses dois município do Sertão sem perspectivas de não ter esse direito garantindo, segundo fontes outros também deixaram de lado essas garantias.
Fonte e foto: Alagoas Na Net
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