Sindicato pede à PRT bloqueio de R$ 5 mi do governo de Alagoas para pagar calote
Cerca de 800 trabalhadores do Hospital Sanatório, que funciona como "retaguarda" no atendimento público estadual, presta serviços para os servidores do Ipaseal (Plano de Saúde do governo de Alagoas), atende pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) e do Hospital Geral do Estado (HGE), ameaçam entrar em greve se não receberem o pagamento de férias e de dois meses de salários atrasados.
A informação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Francisco Lima, ao revelar que a paralisação pode começar a partir de segunda-feira (21), se o hospital não definir como vai regularizar os atrasados. O sindicalista e a direção do hospital afirmam que parte da crise financeira da unidade decorre do débito de R$ 5,6 milhões do governo Renan Filho.. O Sindicato encaminhou requerimento à Procuradoria do Ministério do Trabalho de Alagoas, solicitando o bloqueio de R$ 5,6 milhões do Ipaseal. Este é o segundo pedido neste sentido, mas até agora os trabalhadores estão sofrendo e ficaram sem respostas.
O governador Renan Filho e o presidente do Instituto de Previdência de Alagoas, Edberto Omena, teriam se comprometido, no ano passado, na Procuradoria Regional do Ministério do Trabalho, que pagariam débitos, inclusive com outros hospitais prestadores de serviços. Mas, o acordo não teria sido cumprido na sua integralidade. O Hospital Sanatório é um dos que esperam receber pelos serviços prestados ao estado há mais de um ano.
Além de ameça de greve, os funcionários do hospital prometem manifestações na porta do Palácio do governo. "Numa recente reunião com a direção do hospital Sanatório, fomos informados que o pagamento das férias e dos salários atrasados dependiam do pagamento da dívida do Ipaseal. Como não há definição, os colaboradores dizem que cansaram de esperar". Francisco Lima revelou que a situação pode comprometer ainda mais o "bolso" dos colegas, porque no próximo mês o hospital tem de agendar o pagamento do 13º salário e dos fornecedores, que também pressionam.
O sindicalista Chico Lima encaminhou outro ofício ao governador Renan Filho e ao secretário da Fazenda, George Santoro, cobrando a regularização do débito do Ipaseal com o Sanatório para que os 800 trabalhadores (médicos, enfermeiros, auxiliares, atendentes e prestadores de serviços) não sejam prejudicados. "Não entendemos porque o Ipaseal na paga o que deve. Os servidores estaduais do plano de saúde do estado estão em dia com os pagamentos. O desconto é na folha, portanto não há motivo para atrasar os repasses para os prestadores de serviços. Queremos providências imediatas". O caso já foi levado à Procuradoria Regional do Trabalho, adiantou o sindicalista.
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